segunda-feira, 18 de maio de 2009

Caldeirão da Bruxa


Rútila Máquina

Caldeirão Da Bruxa

Meu corpo conhece
uma sensaçao de veneno
que pede ,que grita
e sempre quer mais

Um rio que corta em veias
um grande deserto
um barco a deriva no meio do mar

Brilho de faca na pele molhada
voce deixa marcas que eu ja sei de cor
Somos constelações
implodindo no nada
Velhas feridas gemendo de dor

Mas quando a noite acordar
e o medo chegar
me abrace bem forte
pra aliviar a certeza de que estamos no mundo
so fugindo da morte

Saliva tão louca
que escorre e que arde
no canto da boca um resto de amor
e quando a bruxa esquenta o caldeirão da verdade
nao resta mais nada
seu tempo acabou.....

E quando a noite acordar......

cd,LP e Cassete Polygram 1993

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